quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Reserva Mental

Dado o elevado nível da crítica política, social e de costumes evidenciado nos posts deste blogue; dadas as admiráveis e justas observações sempre imparciais sobre a existência, actuação e omissões de algumas personagens do nosso tempo, quais presidentes, do grémio do nosso bairro ou do nosso pequeno império à beira mar plantado; dados os inúmeros e (des)interessados contributos dos sete leitores e meio deste blogue, incluindo o chihuhua da Paris Hilton,o cavalo branco do José Cid e o anão zangado, decidi também oferecer o meu.

E nada melhor do que começar por cima. Seja da carne seca, seja do Vigor da Mocidade, em número de espectadores, seja da Nova Democracia, ao nível de sondagens de popularidade neste blogue, ou do desinteressado líder daquele grupo, ao nível sempre sincero de reserva mental que o caracteriza. Salvo o último ponto, que confesso inalcansável, tentarei atingir e ultrapassar os outros objectivos com suor (ainda está calor, mas os incêncios não alastram dada a hercúlea acção do nosso bondoso governo), lágrimas (dada a deplorável qualidade dos meus escritos) e, futuramente, quem sabe, com sangue (causado por alguma alma torturada pela excelência das minhas palavras e nobreza das minhas ideias)...

Mas, agora que apenas restam como leitores o chihuhua e o cavalo, passo a versar sobre o tema deste post.
97,2% do que se escreve actualmente nos artigos dos media e dos blogues, é-o sob reserva mental. 2,4% constituem declarações não sérias e os residuais 0,4% são relativos ao horóscopo, à previsão do estado do tempo e dos próximos capítulos (leia-se entre o 1824 e o 1828) da Outra novela da TVI.
E a bela iniciativa que constitui este blogue não foge à regra. Como não tem horóscopo, apesar do convite efectuado ao professor Karamba (caramba...não aceitou), como foi boicotado pelo INMG e pela TVI, e como por aqui é tudo gente séria, resta-lhe a análise (im)parcial ao momento (sempre mau) da Académica, bem como o relato acintoso da actuação do Presidente da República, com um recheio de críticas à sua pessoa e com cobertura de uma adjectivação sempre elogiosa. Para ajudar à festa, resta também este conjunto de palavras a que utopicamente chamo de texto.
Todos. Todos, sem reserva, foram escritos com reserva mental. Uns no intuito de atacar pessoal e acriticamente o presidente de todos os portugueses, outras para denegrirem a imagem (será necessário e possível mais?) do presidente da Associação Académica de Coimbra/oaf, e, um último, este por sinal, com objectivo de agitar as águas sem quebrar os diques (não extrapolem, que não compreendo inglês), provocando um espaço de debate.
Venha daí o chihuhua, venha a víbora da dona, venha o cavalo, pode deixar o dono em casa. Venham e escrevam, critiquem, opinem, mas não se esqueçam do essencial: sempre com reserva mental!

1 comentário:

Velho Gosma disse...

Great people talk about ideas.
Average people talk about things.
Small people talk about other people.


O que nós gostamos mesmo é de dizer mal!
Até do Marco Fortes...