quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

El "Pistolero" Garcés está cansado del Académica

Do Panamá, confeso, conheço muito pouco.
Conhecia até ao verão passado o canal, Noriega, Rúben Blades, Delly Valdés, o chapéu, o alfaiate, o Jack, e pouco mais.
Agora conheço, também, e infelizmente, outro pontapeador de bola, José Luís Garcés, El Pistolero. Segundo parece este apodo virá mais das suas "qualidades" extra relvado do que das que tem demonstrado dentro dele.
Acredito que este desconhecimento seja recíproco. Isto é, fosse recíproco, porque depois da infeliz entrevista do "goleador" ao jornal Crítica, do Panamá, os panamianos já ficaram a saber que há, algures na Península Ibérica, um clube e uma cidade que de atrativo nada têm.
O problema, para mim, é que esse clube e essa cidade são nada mais nada menos que a Académica e Coimbra.
Mas será mentira o que diz Garcés?
Claro que não, e isso é o que me doi mais.
No entanto há duas questões que urge distinguir, a primeira:
O estado a que chegámos: a cidade estagnou completamente nos últimos anos, construiram-se zonas comerciais aos magotes e desapareceu todo o resto, os tecidos empresarial e, o pouco que existia, industrial. Aos poucos vamos desaparecendo do mapa do que se vai passando no resto do país. Aqui nada se passa, perdemos importância política, científica, estratégica.
As direcções regionais que estavam por aqui sediadas vão fazendo o seu exôdo aos poucos. A Universidade perdeu o prestígio de outrora. Coimbra envelheceu e tranformou-se numa anciã provinciana e de bengala. Como uma rã acocorada junto ao velho Basófias. E neste status quo, neste marasmo colectivo também a Académica - os sócios - se deixou enlear.
É uma morte lenta, uma longa agonia, o defenhar daquela que, em tempos, foi a primeira capital de Portugal;
a segunda:
O regime totalitário e o culto da personalidade que temos assistido nos últimos anos a quem dirige os destinos da Briosa.
O quero, posso e mando do Presiente que tem conduzido a contratações sem critério algum e que redundam sempre no mesmo, rescisões a meio da época e a imagem da Académica a sofrer prejuízos irreparáveis.
E como habitualmente, nestes últimos tempos, a culpa a morrer solteira.
Mas de que será ela?
Do treinador que escolhe os atletas que pensa serem os melhores para cada posição?
Do director desportivo que deve seleccionar os jogadores contratar de acordo com o perfil desenhado pelo treinador?
Do(s) responsável(eis) directivo(s) pela área do futebol profissional que compra(m) por catálogo os atletas que julgam ser os mais indicados para agradar ao treinador?
Ou do Presidente, porque não tendo definido - pelo menos que se note - uma estratégia, um rumo para a Instituição faz uma navegação à vista, tentando agradar aos sócio e simpatizantes, apenas, no imediato ao invés de construir um projecto sólido e de futuro?

2 comentários:

Anónimo disse...

na entrevista, dizem que o cabrão do preto, é moreno


dasseeeeee

Gabinistro do Primeiro-Minete disse...

Pum pum.
Afinal a pistola tinha balas de pólvora seca.
No entanto, ao jornal, os tiros sairam-lhe certeiros.